Pés cravados no presente, olhos voltados para o futuro
Se queres prever o futuro, estuda o passado.
Confúcio
Mais um ano está chegando ao fim. Cada vez mais temos a percepção de aceleração do tempo. Piscamos os olhos e mais uma década está terminando. Somos perseguidos pelo paradoxo inexorável de vivermos mais, mas ao mesmo tempo ver que tudo anda mais rápido. Vivemos nossas vidas como se estivéssemos no piloto automático, como se tivéssemos sido acometidos por uma espécie de febre que nos impede de ver ou agir de forma diferente. Com todas as mudanças que estamos tendo em nosso mundo temos que parar por alguns instantes e olhar para frente. Devemos para e pensar sobre que tipo de mundo vamos deixar para as gerações futuras.
Quanto tempo ainda durarão nossas jazidas de combustível fóssil? Quanto tempo ainda teremos água potável? Quantas pessoas ainda cabem em nosso planeta? Qual será o impacto das novas tecnologias em nossas vidas? Tantas perguntas, tantas possibilidades. O mundo mudou mais nos últimos 100 anos do que em toda a história da humanidade. Se levarmos esta proporção em conta, podemos imaginar que em pouco tempo estaremos vivendo cenas de Star Track.
Cada vez mais rápido a sociedade se transforma e cada mudança traz consigo quebra de paradigmas. O interessante é que quanto mais nos desenvolvemos por um lado, por outro buscamos o retorno a simplicidade a terra. A tecnologia nos trouxe conforto mas nos afastou um pouco de nós mesmos. Exercitamos menos nossos corpos, estamos ficando mais gordos e muitas vezes mais doentes, na mesma medida em que temos uma medicina avançada, remédios de último tipo e diagnósticos precoces.
Nós, seres humanos, somos altamente adaptáveis e capazes de coisas incríveis. Somos dotados de um intelecto que nos permite ter a noção do tempo: passado, presente e futuro. Somos animais auto-determináveis, que contra todas as expectativas se sobressaiu e se destacou entre todos os outros.
Podemos pensar de duas formas: uma mais otimista e dizer que com todo o poder que a humanidade tem, nós vamos dar uma virada e começar a cuidar do planeta, ter menos guerras, mais civilidade, que trabalharemos muito para que possamos viver uma sociedade harmoniosa. Outra possibilidade é um pouco mais sombria: veremos que a intolerância crescerá, nossas reservas se acabarão, a terra continuara mas a nossa espécie não terá tanta sorte.
De qualquer forma tenho convicção que cabe a nós cidadãos a responsabilidade de deixar um mundo melhor para nossos sucessores. Não teremos quem culpar se as coisas não derem certo. Nossas atitudes diárias determinam o que acontecerá com nossos filhos e se não nos conscientizarmos imediatamente talvez não haja boas noticias para o futuro.
Faça um exercício: escreva uma cartinha para si mesmo contando como você vai estar daqui a um ano. Guarde a carta e só abra no ano que vem. Se quiser ser mais ousado faça para 5 e 10 anos. Você vai se surpreender com a sua capacidade de ser Nostradamus. Ainda há tempo. Inspire-se!