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Aprenda a administrar conflitos

"Deveríamos ser como as águas dos riachos que, tranquilamente, contornam os obstáculos" DeRose

Nós aprendemos através do convívio. Não é reprimindo, muito menos doutrinando. Um bom exemplo vale mais do que um milhão de palavras. Através da convivência aprendemos o que fazer e, inclusive, o que não fazer. Todos que estão ao seu redor servem como exemplo, até mesmo de como não agir. Ao observar, há aprendizado.


Então, da próxima vez que você presenciar um desentendimento, um confronto, ou uma conversa em tom elevado, proponha-se a não repetir tal comportamento. Os conflitos geram desgastes de vários tipos: emocional, físico e mental. A recompensa de economia de saúde pelo conflito evitado é incalculável. Você poupa a própria e a daqueles que estão ao seu redor.


Mas afinal, como fazer isso? Seguem, logo abaixo, trechos do livro Método de Boas Maneiras, do Professor DeRose, para que sirvam de alicerce para sua reflexão e reprogramação emocional.


Como evitar confrontos?


"A vida me ensinou que uma pessoa que não sirva para se conviver, alguém em quem não se pode confiar, é também uma pessoa com quem devemos evitar confusão.

O que é que você ganha discutindo com alguém? Algumas pessoas fazem isso porque você andaram assistindo novelas e prenderam a “não levar desaforo para casa”. Algumas dessas pessoas nem mesmo sabem conduzir um relacionamento de amizade ou conjugal sem estar todo o tempo a contender, como se a existência devesse consistir em um incessante defender-se dos outros e proteger seu território. Isso caracteriza uma casta muito baixa. Pessoas educadas e elegantes não utilizam esse paradigma.

Agora considere: quem parte para um bate-boca não pode ser uma pessoa fina. Geralmente, tem pouco a perder. Não é o seu caso. Tornar-se inimigo de uma pessoa ralé pode lhe custar dissabores futuros, ao longo de toda a sua vida. O que fazer então? Deixar o inconveniente azucrinar a sua existência? Jamais! Quem não serve para ser seu amigo deve ser afastado com arte. Dependendo do tipo de relacionamento que vocês mantiveram, promova um distanciamento progressivo e, volta e meia, tempere com uma cortesia. Por outro lado, recuse gentilmente os convites para o estreitamento da convivência, mediante justificativa aceitáveis."


Você pede desculpas?


"A utilização do pedido de desculpas pode evitar até 90% dos conflitos entre amigos e desconhecidos. Só não funciona tão bem entre familiares, mas mesmo assim atenua bastante as tensões.

Deve ser utilizado não apenas quando você cometer algum erro, mas também quando outros os cometerem. Alguém lhe dá um esbarrão, você tem a certeza de que a culpa foi do outro, contudo, diz-lhe: “desculpe”. O outro provavelmente dirá o mesmo. Ou se ele estiver convencido de que a culpa foi sua, dirá “não foi nada”.

Não há preço que compense a economia de saúde a curto e a longo prazo, proporcionada por evitar um confronto, seja ele com desconhecidos, com amigos ou com familiares.

Então, vamos proceder a uma reeducação psicológica. Você aprendeu que quando os outros erram, eles é que têm que pedir desculpas. Agora está reaprendendo: quando você erra, pede desculpas e quando os outros erram você pede também.

Jamais diga: “você não compreendeu o que eu disse”. No lugar dessa indelicadeza, declare com solenidade: “desculpe, creio que eu não me expliquei bem”. "

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