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A gratidão como ferramenta sutil de transformação

Por Paula Lucchese Cordeiro



Amor fati. Essa expressão do latim é traduzida como “amor ao destino”, e na filosofia de Nietzsche, filósofo alemão, significa a aceitação integral da vida em todos os seus aspectos. É não apenas uma perspectiva de aceitação da vida como ela é, mas de um profundo amor e entusiasmo por todas as experiências que a constituem, as boas e as ruins, que já foram e que ainda virão. Para ele, esta era a fórmula da grandeza humana.

 

Fiquei intrigada (e indignada, confesso) diante desta perspectiva. Mas me propus a fazer o exercício de olhar para minha própria vida desta forma. Todos nós temos histórias tristes, decepções, sonhos não realizados, oportunidades perdidas... a lista é longa! Como sentir amor e aceitação integrais por absolutamente tudo? Difícil.

 

A melhor e talvez única forma de ver a vida por estas lentes me parece ser através de um sentimento de gratidão por tudo que já vivi e que ainda vou viver. E isto requer necessariamente intenção e prática constantes.

 

Se você já praticou SwáSthya Yôga alguma vez, sabe que no início da prática fazemos pújá, momento de agradecimento aos instrutores e mestres pelas técnicas e conhecimentos que serão transmitidos durante o sádhana. Uma caraterística singular deste agradecimento é que ele é feito previamente, algo muito tradicional nas filosofias orientais: agradece-se antes de receber.

 

Na minha percepção, o pújá atua como uma conexão que é realizada entre o praticante, o mestre e a filosofia, e representa uma verdadeira metáfora para a vida. É uma ponte que nos permite acessar aquilo que tem o poder de nos transformar.

 

Não é isso que nos possibilita o sentimento de gratidão - algo que conecta os eventos que acontecem em nossa vida com um significado mais amplo e construtivo, traduzindo-os em oportunidades para nosso desenvolvimento?

 

Esta compreensão é muito individual e particular. O sentimento de gratidão não precisa nem deve ser visto como resignação, mas como o ato de reconhecer que existe um fio invisível que conecta cada experiência a quem estamos nos tornando.

 

A alternativa? É ver a vida de forma amarga e derrotista, sem entusiasmo ou confiança no futuro. É ver-se como vítima, sem poder para mudar a própria realidade. A gratidão suaviza, traz leveza e esperança.

 

Nas palavras do Professor DeRose, versos do texto inicial do capítulo sobre pújá no Tratado de Yôga:

“Quem oferta, conecta-se.

Quem dá, recebe muito mais.

A alegria de quem dá,

O coração leve e feliz,

Sintoniza, empatiza, assimila,

Absorve e é absorvido por simbiose.”

 

 

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