Intuição
Texto por Paola Martins
Nem todo o conhecimento vem dos livros e da ciência acadêmica. Muito antes de existirem universidades ou qualquer espécie de sistematização do saber, já existia conhecimento em abundância.
O pássaro, por exemplo, sempre soube voar. Ele não aguardou a explicação física e mecânica do voo nos livros acadêmicos para, só então, lançar-se no ar.
É evidente que estudar de forma voraz, através de leituras e de experimentos, é uma arte nobre e fundamental para a evolução individual e também para nosso avanço social, mas nem por isso o acesso ao conhecimento deve a isto se limitar.
Aliás, alguns dos mais famosos gênios da humanidade intuíram suas teses muito antes de conseguirem comprová-las de fato. É o caso do matemático autodidata indiano Srinivasa Ramanujan (1887-1920), cuja história inclusive virou filme intitulado “O Homem que Viu o Infinito”.
O dicionário Michaelis define a “Intuição” como “1. Conhecimento que, por sua imediatez e clareza, não é precedido de elaboração lógica. 2. Conhecimento direto e espontâneo de uma verdade de qualquer natureza, que serve de base para o raciocínio discursivo e remete não apenas às coisas, mas também às relações que entre elas se dão. 3. A capacidade de um indivíduo emitir julgamentos exatos e justos sem justificação lógica e sem possibilidade de análise; juízo emitido sem cogitação preliminar”.
Já o Prof. DeRose afirma que a intuição é um canal que nos traz “o conhecimento por via direta, sem a interferência do intelecto”, e compara a intuição com o “flash de uma câmera fotográfica”, com um insight.
O que poucos de nós conseguem se dar conta é que a intuição não necessariamente é um dom genético ou uma habilidade inata.
A intuição pode ser treinada, desenvolvida, aprimorada.
O treinamento de meditação, que consiste em promover a supressão das instabilidades da consciência através da saturação das ondas mentais por meio da concentração e do foco em um único som ou símbolo, é um excelente catalisador de intuição.
Muitas vezes, o treinamento dessas habilidades consiste muito mais em tentativa e erro, de forma disciplinada, constante e consistente, do que consiste em um talento nato.
O esforço sobre si mesmo pode nos alçar a conquistas extraordinárias, e, para o desenvolvimento de intuição, não é diferente.
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