O comportamento é importante
Texto por Paola Martins
A preparação para o seu melhor exercício de meditação acontece a todo o momento: desde a hora que você acorda, até você pegar no sono no final do dia. Não se resume ao instante no qual você senta para realizar seu treinamento.
É sobre o que você come, o que você sente, e, talvez principalmente, sobre a qualidade daquilo que você faz.
Porque o comportamento é, sim, importante.
Aliás, o comportamento é basilar para qualquer trabalho de desenvolvimento pessoal.
É preciso ser sua melhor versão, a mais apurada, a mais sutil, a mais mindful, durante 24h do seu dia. E isto, invariavelmente, refletirá no seu comportamento, e vice-versa.
A busca pela integridade, entre o que você pensa, o que você sente, e o que você faz, é um esforço de auto estudo e auto superação constante.
Muitas vezes escorregamos já no primeiro degrau: o da não agressão.
Parece simples, não é? Se você chegou até este texto, é possível que você esteja pensando “este texto não é para mim. Nunca agredi ninguém”.
Será mesmo?
Precisamos reconhecer que a agressão vai muito além do físico.
O dicionário Michaelis define “agressão” como "sentimento de hostilidade que pode levar a um comportamento violento e intimidador; incitamento, instigação, investida; Ação violenta, verbal ou física, marcada por impulsos destrutivos em relação a si mesmo ou a outros”.
Quantas vezes agredimos com as palavras ditas, seja com o teor, seja com a forma? Ou ainda, com a palavra não dita, por omissão?
Mais que isso, quantas vezes, para proteger o outro, agredimos a nós mesmos, adotando atitudes que não estão alinhadas com aquilo o que pensamos ou que sentimos?
A premissa da não agressão passa por adotarmos, no nosso dia a dia, um olhar mais amoroso, de mais cuidado, com todos ao nosso redor, e, inclusive, com nós mesmos.
Porque tudo o que está vivo precisa de cuidado para manter-se vivo.
A observância da não agressão, no nosso comportamento diário, é o que nos permite manter vivos relacionamentos, afetos, desejos, sonhos, planos, projetos…
Mas, para alguns de nós, o instinto primário pode ser justamente o agressivo, e, para quebrar este paradigma comportamental, precisamos exercitar atenção plena neste aspecto.
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