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Qual é a sua aventura?

Por Paula Lucchese Cordeiro


Nesta semana, estive em Santiago do Chile por três dias. Como minha viagem foi a trabalho, tive pouco tempo para passear, mas horas antes de ir ao aeroporto, escapei para subir ao 62° andar do que é considerado o prédio mais alto da América do Sul, o Sky Costanera, com 300 metros de altura. Isso porque eu não podia deixar o Chile sem ao menos ver a Cordilheira dos Andes, ainda que à distância.

 

Mesmo através das janelas a vista da Cordilheira é espetacular. Fiquei com a sensação de que a visão era maior do que a minha capacidade de assimilar, tal a magnitude da paisagem.

 

Fascinada com os picos, alguns ainda nevados, me peguei lembrando dos filmes e documentários que já assisti a respeito da obsessão de escaladores do mundo todo em buscar os cumes dos mais de 6 mil metros de altura dessa gigante da natureza. O fascínio sem dúvida é compreensível. Mas o que faz alguém buscar a preparação, o investimento, o tempo, o trabalho que sequer imagino serem necessários para ter uma experiência como essa?


Mesmo à distância, a vista é magnífica. O mirante tem 360 graus e fica no sexagésimo segundo andar do Sky Costanera.

 

Já no aeroporto, fui pesquisar a respeito e descobri que o recordista mundial em montanhas acima de 6 mil metros e especialista em escaladas nos Andes é Maximo Kausch, argentino que mora no Brasil desde criança. O currículo dele impressiona, bem como os muitos relatos de conquistas e perrengues ao longo de décadas de experiência.

 

“Se aventurar pelas montanhas é uma experiência que transcende os limites do físico e do emocional. É sobre desbravar o desconhecido, desafiar os próprios limites e encontrar a verdadeira essência da vida”, diz Maximo ao apresentar em seu site Gente de Montanha. Max transformou paixão e obsessão em estilo de vida, uma missão; basicamente o motivo em torno do qual construiu toda a sua vida, a despeito dos perigos inerentes à profissão.

 

É sobre AVENTURA, afinal de contas. Amo essa palavra desde criança, e tudo o que ela representa.

 

Me ocorreu que “encontrar a essência da vida” é ser capaz de identificar aqui mesmo, longe das montanhas e dos picos nevados, aquilo que nos deixa com o coração batendo mais forte, com as palmas das mãos suadas, com a respiração acelerada e todos os sintomas dos quais somos acometidos quando estamos enfrentando, acima de tudo a nós mesmos, diante das circunstâncias que a vida nos apresenta.

 

Mas descobrir-se vivendo isso tudo com um senso de propósito, com uma visão do objetivo aonde quer-se chegar – ainda que distante e pouco visível como o cume de uma montanha – fugindo do sentimento de vitimismo e aleatoriedade que surgem quando estamos dispersos, vivendo no automático.

 

Desejo a você visão para encontrar a sua própria aventura e coragem para vivê-la de forma autêntica, desafiadora, intensa e profunda - como posso apenas imaginar que seja uma escalada nos Andes.

 

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