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Resiliência

Texto por Paola Martins





O Prof. Fabiano Gomes sempre fala que a dor é inexorável - você não vai conseguir fugir dela durante toda a sua vida - mas o sofrimento não. O sofrimento é a resistência à dor, a negação à dor, e nada mais é do que uma escolha.


É você quem escolhe a forma como você reagirá às dores que cruzarão o seu caminho. Negar essa realidade é meramente tirar de você a responsabilidade sobre a sua própria vida, é subtrair de você o protagonismo da sua própria história.


Não é a ideia aqui menosprezar as dores que transpassam cada um de nós. Elas existem, são reais e inegáveis. A busca é, em verdade, por deixar doer, sem resistência, sem heroísmo, apenas aceitando nossa própria condição humana. Aceitar que somos de carne e osso, e que às vezes sangramos, é um ato de poder.


A resiliência (essa palavra que está tão na moda) na física, é tida como a propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica.


Ou seja, havendo flexibilidade, você não quebra, você retorna ao status quo, talvez ainda mais forte.


Importante perceber que a flexibilidade em questão não é meramente a flexibilidade do seu corpo físico, mas também a flexibilidade emocional e a flexibilidade de ideias e pensamentos.


Muitas vezes somos prisioneiros das ideias que criamos sobre nós mesmos, repetindo, sem nenhum autoestudo mais profundo, que somos de determinada forma, e que, por isso, não estamos sujeitos a mudança.


É o clássico “minha personalidade é forte por isso falo dessa forma” ou “não sou capaz dessa conquista porque a minha timidez me impede”.


Você não precisa ser limitado pela sua timidez, pela sua personalidade, pela sua família, pela sua religião, pela sua concepção política, nada disso. Você pode fazer a opção de transcender a tudo isso, e ver o que continuará fazendo sentido para você depois de um profundo processo de autoanálise.


Tudo bem ser tímido, tudo bem ser exatamente aquilo o que você é. Você não tem obrigação nenhuma de mudar, desde que aquilo o que você está expressando que é coincida com aquilo o que você é de verdade, no seu âmago, não na sua fachada.


Ser fiel a si mesmo é um caminho que fará de você um ser resiliente. É muito mais fácil persistir em um caminho, mesmo encontrando pedras, se você tiver clareza de que o caminho que você persegue é o que faz sentido para você.


O trabalho de desenvolvimento pessoal, de autoestudo, de autoconhecimento, é uma jornada que te levará longe, sem jamais perder o caminho de volta pra casa.


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